segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

mãos ao alto

estava com meu pai. ambos sentados num banco de um ônibus urbano no rio. nem muito à frente, nem muito atrás. ele estava na janela, eu, no corredor. eu olhava o movimento na calçada. sinto alguém perto de mim. uma pessoa que para, quase roçando o meu ombro, de pé no corredor. pelo volume em sua calça, adivinho um pau enorme, semi rijo. acho curiosa a cena. logo ele coloca a mão dentro da calça, acaricia o que imagino ser seu cacete e saca um revólver. me dou conta de que tenta assaltar-me. retiro o revólver de sua mão com delicadeza. ele retira de dentro da calça outra pistola. já impaciente, tomo a pistola de suas mãos. ele desce do ônibus em seguida. olho para o meu pai. investigo os revólveres. estavam sem balas. abro a janela e jogo as armas através dela. esse sonho leva três dias dando voltas na minha cabeça.

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