segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

perlaboração

tinha ido com flávio visitar minha família. no meu antigo quarto, minha mãe entra com ar grave e ensaia começar um discurso de por que flávio não serve para mim. não deixo que comece. digo a ela que sou um homem, que me faço responsável pelas minhas escolhas, que se a minha opção for equivocada mais tarde me haverei com ela, que não admito que tente meter-se dessa forma na minha vida. me dou conta então de que flávio desapareceu. busco-o por toda parte. chamo ao seu celular e em cinco minutos ele aparece, coberto de jóias: pulseiras, anéis, colares, ouro por toda parte. me diz que tinha que adiantar uns trabalhos da faculdade. peço que não volte a desaparecer dessa forma. me deixa desassossegado. caminhamos por uma cidade estranha caminho ao aeroporto. flávio aparece e desaparece. desperto, me dou conta de que a independência do olhar de minha mãe é realidade. e que o medo de que flávio me abandone me deixa o coração encolhido e os olhos cheios de lágrimas. à tarde fomos ao supermercado. fui buscar uma cesta e saí da visão de flávio. ao voltar, ele me pede, com lágrimas nos olhos, que não desapareça assim, coisa que costumo fazer. comungamos do mesmo medo.

Um comentário:

miguel albiñana disse...

Un sueño tranasparente... Me hace pensar si, verdaderamente, existe la posibilidad de equivocarse... SI la elección no es una apariencia, un juicio, hecho para no admitir la responsabilidad de la elección, a posteriori...
Me pregunto...